Os municípios de Ibimirim e Manari estão entre os piores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. Justamente para enfrentar essa situação, o Serta (Serviço de Tecnologia Alternativa) pensou e vem desenvolvendo o projeto Semiárido Sustentável, que tem como objetivos a construção de 40 ecotecnologias, apoio às famílias agricultoras para comercialização de seus produtos e a realização de quatro semanas pedagógicas.

O educador e coordenador  da iniciativa, Leandro Carvalho pode comemorar os resultados obtidos, mas ainda existe um longo processo para apoiar a produção agroecológica na região. “Com a falta de chuvas e a escassez de água, os agricultores mantiveram a presença nas feiras em Ibimirim e Manari com outros produtos das suas propriedades”, explica, ressaltando que o Serta conseguiu garantir a instalação de barracas com produtos agroecológicos no mesmo dia da comercialização de produtos convencionais.

Atualmente, três famílias frequentam a feira em cada município. Elas receberam emsuas propriedades  uma das tecnologias sociais que vêm sendo implantadas pelo Semiárido Sustentável: aquaponia ou reuso de águas cinzas. Porém, ainda existem desafios como a continuidade da produção de peixes, já que na ecotecnologia que une hidroponia e psicultura os animais servem para “adubar” a água, que depois passa por filtros e volta para os tanques evitando o desperdício.

Leandro conta que estão testando a implantação de fêmeas, para diminuir a necessidade das famílias adquirirem alevinos. A avaliação do processo e de melhorias necessárias é o tema do quatro encontro pedagógico do projeto, que acontecerá em dezembro. “Pedimos um aditivo de dois meses por entender que as famílias precisam continuar tendo um acompanhamento, mas a ideia também é continuar dando assessoria a parte desses agricultores e agricultoras através do projeto Idosos do Moxotó que se inicia em 2022”, conta.

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