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O Chão da Terra – capítulo final

Por Serta
15/04/2020 | 05h:56

OUTROS GRÃOS NESSE CHÃO DA TERRA

Márcia

Márcia cursava História numa faculdade privada, quando viveu complicações financeiras, que a impediam de pagar o curso. Felizmente o Projeto Universitário a contemplou com a bolsa, facilitando sua permanência. No quarto período do curso de História, decidiu mudar para pedagogia. Encontra-se nas etapas finais do curso que faz na Universidade de Pernambuco. Continua com vínculo colaborativo na Geração Futuro, como arte-educadora popular e diretora de teatro dos grupos de Chã de Alegria e Glória do Goitá. Pretende continuar se aperfeiçoando na academia. Depois disso, deseja intervir de outras formas na educação de crianças e jovens da sua cidade.

Adriana

A recém-formada turismóloga Adriana prossegue em um universo de sonhos, acompanhados pelo sorriso, lá mesmo, em Glória do Goitá. O grupo Tubira-bá ainda é acompanhado artisticamente por ela, na Geração Futuro. A partir do seu grupo, outro foi criado por dois dos agentes culturais do projeto Sanfona Cultural, através da ação Teatro na Escola, apoiada pela Geração Futuro. O Teatro na Escola também está presente em escolas dos municípios de Glória do Goitá e Lagoa de Itaenga.

Maria

Cadastrou-se numa agência do trabalho, na tentativa de encontrar um emprego que lhe trouxesse realização profissional e garantias trabalhistas. Logo foi convidada a participar de uma seleção e conseguiu ser aprovada. Sem olhar para trás, foi trabalhar na cidade Lucas de Rio Verde, Mato Grosso. O cargo inicial foi no setor de embutimento de linguiças e calabresas, numa fábrica de produtos alimentícios.
Em menos de dois anos foi promovida por duas vezes na empresa. Atualmente dedica-se durante oito horas por dia, na atividade de inspeção dos produtos. Lá, conheceu o piauiense Antônio, com quem se casou. Aos 24 anos não se sente totalmente realizada. Acredita no seu potencial, e que pode mais. A arte, para ela, continua viva, com menos prioridade, mas reconhece as marcas que lhe trouxe.

Fábio

Aos 27 anos, Fábio continua morando em Lagoa de Itaenga, com sua mãe. Sua avó, dona Bio, sofre de diabete. Com o agravamento da doença perdeu uma perna e não possui o outro pé. Atualmente, mora com parentes no município de Nazaré da Mata.

Desde que foi realizar a atividade de teatro em escolas municipais de Orobó, Fábio iniciou um trabalho, sem vínculos empregatícios, com um grupo de jovens e adultos, onde fundou a quadrilha junina Oro’arte. Hoje mobiliza gerações, de diversos municípios do Estado, na quadrilha. Possui um olhar íntimo para a particularidade local, e uma visão estética da arte que formulam os conceitos e princípios do seu trabalho.
Também abriu um negócio informal no centro comercial da sua cidade. Lá é o espaço onde promove eventos infantis, produz artesanalmente materiais utilizados em decoração, e oferece oficinas sobre artes plásticas. Este espaço é uma referência de um “ser jovem” que se sobressai diante dos desafios de se sustentar. Coisas que aprendeu durante o discurso do teatro em cena, nos debates, nos bastidores das rodas de diálogo com outros jovens e educadores.

Jadison

Os dramas na família foram confrontados. Após a não aceitação da família sobre sua sexualidade, Jadison foi morar com um amigo, que lhe deu apoio. Depois foi morar só. Seus pais e seu irmão superaram o preconceito que tinham. Hoje, Jadison tem um relacionamento harmonioso com a família.

Dona Josefa e seu Severino deixaram a zona rural. Há menos de um ano, todos vieram morar no centro da cidade, numa casa erguida por meio de doações, e pelo esforço coletivo da família. Seu Severino aposentou-se como agricultor e Dona Josefa tenta o mesmo benefício. A vida na cidade traz o conforto do socorro a quem mora ao lado, tem posto de saúde, saneamento e outras facilidades. Mas a violência que havia chegado ao sítio, já se faz presente em todos os lugares.

Jadison fez o curso de cabeleireiro que tanto almejava e concluiu o Magistério. Presta serviço como cabeleireiro em um salão de beleza da cidade e leciona para uma turma do Ensino Fundamental I, numa escola municipal.
A proximidade com os rituais do candomblé estão cada vez mais presentes no corpo e na alma, como firmação da herança dos seus antepassados. Sempre está buscando compreender seu espaço espiritual.
Jadison vive abertamente seus ideais. Um jovem maduro que traçou suas escolhas, protagonizando uma vida de superação a pobreza e preconceitos. Enfrentando desafios, hoje, com melhores condições de vida.

A Geração Futuro

Em outubro de 2010, a Geração Futuro realizou sua segunda mostra de arte-educação. Novos espetáculos foram estreados, com antigos e novos participantes.

Márcia dirigiu dois espetáculos: “Muda essa cena”, de Chão de Alegria e “A história agora é outra”, de Glória do Goitá. A primeira discute mídia e educação na história vivida por Mariana, personagem que se envolve com as coisas que vê na tevê. A segunda conta a história de duas lavadeiras que, em meio a lamentações de amor e dor, decidem enfrentar a violência cometida pelos esposos, e tentam mudar o rumo de suas histórias.

Adriana encena com o mesmo grupo de Pombos a peça “O grito da Iara”, que possui a essência temática do antigo espetáculo. Em Lagoa de Itaenga o grupo Zum- Zum-Zum Danado apresenta “O mistério debaixo da cama”, que faz um recorte do espetáculo “Nossa gente, Nossa história”, vivido pelo Chão da Terra. A peça conta a história de um jovem rural que foi morar na zona urbana, em busca de oportunidades, fazendo-o refletir sobre sua indecisão de continuar morando na cidade grande.

A instituição ainda desenvolve atividades nos municípios daquela região. Mantém o diálogo com o CRIA. Vive os desafios de se sustentar, promovendo a arte e cultura da região, buscando influenciar nas políticas públicas para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

O Chão da Terra

Passa a existir nas novas histórias de vida que estão sendo vividas e escritas por jovens como eu. A grande ambição e o desejo de Márcia, Adriana, Maria, Fábio e Jadison é o desejo de que o ciclo de aprendizados continue movendo o sonho e a realidade de outros jovens. Que o poder da arte associada à educação possa contribuir para uma sociedade mais justa e solidária.

DEPOIMENTOS

“O Chão da Terra firmou uma referência para a juventude da Bacia do Goitá e de outras regiões”. Um grupo de Jovens mergulhou nas suas raízes culturais e históricas como uma bate-estaca faz nas construções dos edifícios. Para ver até onde poderiam subir, tiveram quer ver até onde poderiam mergulhar. Mergulhar no “quem sou eu” de cada um, verificando limites e possibilidades, deu a dimensão do quanto cada um encontrou de riqueza, de oportunidades dentro de si mesmo. Mas não pararam na dimensão pessoal, foram fundo na história do seu contexto, nas tradições culturais de seu povo, encontraram suas identidades, e sobre ela desenvolveram a autoria, o protagonismo, a arte, a cultura, o teatro.

Quem mergulha até esse ponto, não volta o mesmo, nem permanece o mesmo. Pois percebeu a riqueza do patrimônio cultural, artístico e criou laços, raízes com o que foram descobrindo. Quem finca os pés, pode voar alto, visualizar outro futuro, construir o novo e o inovador. Pois tem raízes. As raízes permitiram a todos a interagir com os ventos, a por a cabeça para o alto.

Vislumbraram futuro para eles, para a cultura, para a economia, para a região, que agora, passados esses anos, verificamos a exatidão de suas visões.

A Bacia do Goitá hoje é uma referência para a juventude do Estado, do Nordeste e do País. Sabe-se que nesse espaço geográfico existe uma nova maneira de ser jovem, que é diferente de outros espaços. Uma nova maneira de se relacionar com a arte, a cultura, a informática, o saber e o conhecimento, a produção orgânica, a cidadania e o direito, a política pública. Onde jovens da Bacia do Goitá põem o dedo as pessoas percebem um quê diferente, uma marca, um selo, um jeito de ser e de viver.

O grupo Chão da Terra intuiu, vislumbrou, acenou, indicou caminhos, visualizou através da arte e da cultura essas possibilidades. Com alegria, dou esse testemunho, vi, conheci, acompanho ora de perto ora de longe, o percurso desses e de tantos outros jovens da Bacia do Goitá, e neles encontro às mesmas marcas desse referencial que a peça “Chão da Terra” fundiu.”

Abdalaziz de Moura Xavier de Moraes (educador, filósofo e pensador. Criador da Proposta Educacional de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável/Peads. Sócio fundador do Serviço de Tecnologia Alternativa/ SERTA)

“O grupo “Chão de Terra” revelou para a região da Bacia do Goitá uma nova ideia que estava sendo posta em prática na região: a proposta do SERTA, de desenvolvimento sustentável a partir das hortas orgânicas familiares, através de processos colaborativos de produção e participação da juventude. O mais importante do grupo foi mostrar estas propostas, e a grandeza e desafios da história que se desenrolava, mostrando a força, a inteligência e vivacidade dos jovens e da população local para inventar um país possível, superando ciclos de desigualdade e opressão. A juventude era porta voz de uma nova realidade para o futuro do lugar.

Minhas recordações são muito belas: dos jovens do grupo Chão de Terra tocando as alfaias com muita alegria e apresentando a peça em ensaios abertos para agricultores que nunca tinham visto teatro… Os agricultores com mãos calosas e olhos marejados, muito emocionados com sua história sendo contada ali tão perto, por jovens tão jovens… A redescoberta de Gilberto Freyre na biblioteca do SERTA, no meio do Nordeste se fazendo outro entre os canaviais… Os caboclinhos como chamavam os jovens-atores, cada vez mais envolvidos com a proposta que inventávamos juntos em rodas de conversa e jogos de improvisação… Os adereços e panos comprados em Recife, em meio à euforia de todos. E a peça Nossa Gente, nossa História tomando forma. A estreia num clube com muita gente da cidade e de fora… Os abraços apertados… As apresentações nas escolas públicas da região com meninos e meninas apinhados em cima de mim, nós todos atentos… As chegadas e partidas daquele lugar de muito significado para mim. Eu descobrindo um novo Brasil e a estrada verde e sinuosa me levando para um mundo terno de valentes guerreiros nordestinos com o pé no chão da terra.

O trabalho inicial deu ênfase à formação de um grupo, simultaneamente a concepção e montagem de uma peça de teatro. As apresentações da peça eram seguidas de rodas de conversa com plateias repletas de jovens e educadores. Foi um trabalho muito bem planejado e executado por uma equipe que incluía dois jovens, arte-educadores do CRIA que estavam em plena formação – Luís Eugênio e Cássia-, e uma arte-educadora da cidade de Glória do Goitá – Andréia -, que sempre esteve em total sintonia conosco. As avaliações eram processuais e destacavam o crescimento individual dos jovens atores, a qualificação da peça e os resultados que iam alcançando como mobilizadores de um movimento de cidadania nos municípios.

Este processo de formação foi sendo desenvolvido ao longo dos anos – com a presença de Andréia, que também participava de um intenso processo formativo no CRIA -, garantindo a gradativa conscientização dos jovens como dinamizadores culturais para o desenvolvimento local de seus municípios. Este processo, por sua vez, demandou mais trabalhos de arte-educação na região. Tudo foi crescendo na proporção da alegria da arte que os jovens faziam, na capacidade de interação inerente destes processos criativos de cidadania.

O desdobramento do trabalho de teatro hoje por estes jovens atores do grupo Chão de Terra evidencia a aspiração de nossa juventude, e o amor que sentem pelo seu povo. Expande os princípios e valores que o grupo vivenciou com muita intensidade e consciência. É um retrato do Brasil que emerge das escolhas de nossos jovens num novo contexto histórico do país, momento de afirmação de nossa democracia, quando vemos o interior, as zonas rurais se desenvolverem. Esta história também evidencia os projetos políticos pedagógicos de ONGs e movimentos sociais que lutam por um Brasil mais justo e bonito.

Esta experiência pernambucana demonstra que devemos nos dedicar às crianças e jovens para que sintam seus pés no chão e o amor pela terra onde pisam. O CRIA vive esta história com os caboclinhos pernambucanos com muito orgulho. E alegria. Aprendemos muito com eles e estamos sempre juntos, no diálogo de colaboração, na criação de teatro e outras artes.

Maria Eugênia Milet (professora da Escola de Teatro da UFBA, diretora artística e supervisora geral do CRIA – Centro de Referência Integral de Adolescentes.)

“O Chão da Terra, com o espetáculo “Nossa Gente Nossa História”, possibilitou aos jovens da Bacia do Goitá a oportunidade de compreender seu papel enquanto ator social. Uma forma diferenciada de se reconhecer enquanto cidadão e cidadã de direitos, ao mesmo tempo, provocando a sociedade para as carências existentes nos municípios de origens de cada um. A metodologia “Quem Sou Eu? Quem Somos Nós?” com a linguagem artística do teatro por mobilização social, como um ato político, permitiram as comunidades, gestores públicos, professores, alunos, jovens e comunidades refletir sobre os elementos abordados na peça. As oportunidades oferecidas a esses jovens do Chão da Terra foram semeadas junto à sede e fome de mudança de cada um. Além de tudo isso, a formação do capital humano, na profissionalização desses jovens, foi um marco. Cada um conseguiu fazer sua própria história. Uns disseminando a metodologia em outros espaços e Estados, outros contribuindo com a gestão municipal na área de cultura.

Com a chegada do projeto Sanfona Cultural tivemos como uma das ações norteadoras, a metodologia teatro por mobilização social. Onde, até os dias atuais, é um pilar estratégico da Geração Futuro. Decidir executar um projeto com a linha principal teatro por mobilização social, não foi difícil, partindo do perfil da organização, que é fundamentada a partir de alguns princípios, sendo um deles: inovação e criatividade para o desenvolvimento. E o teatro consegue sensibilizar, mobilizar, conscientizar, informar e formar público.

Vivemos hoje um novo tempo. De jovens que discutem, através do teatro, propostas estruturadoras para os municípios. Os grupos estão se envolvendo em espaço políticos decisórios, que convocam outros segmentos artísticos culturais para juntos refletir, construir e propor um novo olhar sobre a arte cultura como uma estratégia para o desenvolvimento local. “A semente plantada continua dando frutos, com muito mais intensidade e de forma sistemática, através da Geração Futuro.”

Maria Suely da Silva – (diretora presidente da Geração Futuro)

“O diferencial do Chão da Terra está ligado à produção coletiva a partir de necessidade pessoal, de inquietações sobre as nossas coisas. Quando vem de dentro para fora os acontecimentos dão certo, porque passam a ter a nossa cara. Pensar na realidade, discuti-las e mostrar de forma artística. Quando nos propomos a fazer isso, não somos apenas atores, mas pessoas que tem história. Considerar essas histórias é poder construir conosco e não para alguém. No trabalho que realizo hoje, consigo somar os conhecimentos acadêmicos nas montagens artísticas que desenvolvo na Geração Futuro. Quero ver os jovens replicarem a experiência que tive. Enxergar as visões de mundo se manifestando através da arte. Que, sobretudo, seja desenvolvido com muito amor e com a mesma significância que o Chão da Terra teve e vem tendo, através do espaço que criamos.”

Márcia Nazário (integrante do Chão da Terra e arte-educadora da Geração Futuro)

“Decidimos dar continuidade à história do Chão da Terra, porque queríamos que acontecesse com outros jovens, o que aconteceu conosco”. Esse desejo de querer mudar está dentro da pessoa, mas precisa ser despertado. E queríamos que acontecesse com os demais.

O Chão da Terra virou referência. Vemos isso nos olhos dos meninos que participam do projeto, na Geração Futuro. Porque eles não têm oportunidade na cidade onde moram. A iniciativa, primeiro veio deles em se interessar pelo o que estávamos propondo. Os jogos, o diálogo e a convivência em grupo ajudam a crescer. Eles frequentam, mesmo sem ganhar nada em dinheiro. Apresentam a peça, mesmo sem cachê. Quando deixam a formação por algum motivo, os olhos entristecem.

O teatro ajuda a “abrir” a cabeça dos jovens monitoradas pela alienação da tevê e as poucas coisas que a cidade oferece. O que oferece? Ir à missa nos finais de semana ou beber nos bares. Ou ainda se prostituir, se drogar… Falta lazer, entretenimento, fontes de informação e comunicação de qualidade. E o público que nos procura sente essa necessidade. Eles querem transformar suas vidas, como nós que temos sonhos.

Eu, por exemplo, nunca imaginei ter um computador e sempre sonhei com isso. Nunca imaginei fazer uma faculdade e hoje estou formada. E os sonhos vão mudando a partir das realizações. Não só a nossa vida muda, mas a família também. E todo o contexto em que vivem. Não somente o teatro, mas qualquer tipo de arte.

Então, esses meninos e meninas, vão ser diferentes. Eles têm um sentimento diferente, as falas são diferentes. É um teatro que muda a realidade. Que é provocador. Não de mudar da água para o vinho. A arte em si, o teatro que a gente faz, dá uma dose de motivação. Ensina a valorizar as origens, suas raízes e a não ter vergonha do que você é ou foi. “Mas, ensina a lutar para que a pessoa possa mudar uma realidade desassistida.”

Adriana Freitas (integrante do Chão da Terra e arte-educadora da Geração Futuro)

“A experiência de ser diretor do Chão da Terra foi muito importante, pois chegamos a um lugar do Brasil, onde a cultura popular estava viva e pulsante em todos os jovens, filhos de gente simples, de mestres, sabedores de arte e da cultura local”. Para nós, o trabalho seguiu como promotores culturais, onde só precisávamos nos debruçar sobre uma realidade que já existia, e dar holofotes a esse movimento espontâneo. Dai conseguimos ver as cores, sons, danças, músicas e histórias desse povo que constrói e resignifica sua vida com beleza e arte.

Chegamos com uma metodologia de arte-educação, focada no teatro, para trabalhar com a cultura local. Um teatro que serve como instrumento de mobilização social, e facilita os processos de desenvolvimento, proporcionando um mergulho em nossa identidade. Esse trabalho foi desenvolvido com um grupo de jovens que logo observaram os princípios norteadores desse fazer teatral, e seguiram em busca de novos caminhos, contribuindo com ações sociais e culturais para o desenvolvimento de suas famílias, comunidades e cidades. Esse trabalho feito com adolescentes e jovens do interior de Pernambuco, afirma nossa crença na identidade cultural do país.

Acredito que o grupo foi criado para a realização de um objetivo que era contribuir com o desenvolvimento da cultura e arte local. E que o grupo tenha alcançado o objetivo e tenha cumprido com seu tempo de existência, e, a partir disso, foram construir outras historias e movimento como é o caso dos que se consolidaram seus desejos na ONG Geração Futuro.

“Acredito que o teatro feito no CRIA desperta sensibilidades para o desenvolvimento de ações sociais, e provoca mudanças na forma de se posicionar no mundo, tendo responsabilidade consigo e com o outro”.

Eugênio Lima (ex-diretor do Chão da Terra e arte-educador do CRIA-Centro de Referência Integral de Adolescentes)

Sobre o autor

Henrique Lee (@henriqlee) é ator, jornalista, especialista em Direitos Humanos e produtor cultural. Nasceu na cidade de Paudalho, interior pernambucano, e viveu infância e juventude na cidade vizinha, Lagoa de Itaenga.
Com a vivência no teatro, ainda muito jovem, atuou na formação de outros jovens dos estados de Pernambuco, Sergipe e São Paulo. O Chão da Terra foi sua primeira obra jornalística, escrita aos 23 anos. Atualmente, Henrique é jornalista do Serta e integra um grupo de produtores em audiovisual.

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