Aos 13 anos, Cristina de Sousa Bernardo foi uma das jovens beneficiadas pelo Projeto Juventude Innova, no Assentamento José Antonio Eufrosino, em Campina Grande. Estudante do 7º Ano, ela recebeu uma aquaponia na propriedade onde sua família já tem uma criação de animais e ganha a vida comercializando queijo de coalho.

Inspirada pelo seu pai, que chega a vender 400 quilos de queijo por mês, Cristina não se contentou em produzir para o consumo da sua família e quando os alfaces, o coentro, cebolinho e todas as verduras ficaram no ponto de colheita decidiu que iria comercializar. Para isso, criou uma conta no Instagram (@hortalisasrecantoverde), começou a oferecer e vendeu tudo que tinha disponível na sua ecotecnologia.

O grupo que Cristina faz parte ficou conhecido como “As rosas do deserto”, por ser formado por meninas e mulheres que produzem hortaliças através das aquaponias. A adolescente já pensa até mesmo em começar a pegar a produção das amigas para todas comercializarem coletivamente.

Pai da menina, José de Arimateia, 48 anos, tem muito orgulho de toda a luta para a conquista da terra junto com o Movimento Sem-Terra e da sua criação de animais. Além de porco e outros animais de pequeno porte, suas vacas chegam a dar 4.000 litros de leite por mês, possibilitando uma produção de 400 quilos de queijo. O desafio dele é encontrar plantas adaptáveis ao clima semiárido para gastar menos com ração e conseguir uma produção sustentável nos seus 18 hectares.

Melhorar o meio ambiente utilizando ecotecnologias adaptadas ao clima semiárido é objetivo do Projeto Juventude Innova, associado ao macroprojeto INNOVA AF. A iniciativa é realizada pelo SERTA com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA e Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – FIDA.

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